A Secretário Municipal de Saúde, Alain Cesar de Abreu, juntamente com seus colaboradores responsáveis pelas vacinas em nosso município, informam sobre a Campanha de Vacinação contra a gripe.
Campanha é dividida em duas etapas e o início da imunização é direcionado a idosos acima de 60 anos e trabalhadores da saúde. A partir de 02 de maio outros 15 grupos prioritários serão beneficiados.
A 24ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza começou nesta segunda-feira (4) no Paraná, seguindo o informe técnico divulgado pelo Ministério da Saúde. A campanha será realizada em duas etapas. A primeira vai até ao dia 30 de abril e tem como público-alvo idosos acima de 60 anos e os trabalhadores da saúde.
A partir do dia 2 de maio começará a segunda etapa e a vacinação será ampliada para os seguintes grupos: crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes e puérperas, povos indígenas, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento e forças armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.
O imunizante já está sendo ofertado por instituições privadas de saúde. Produzida pelo Instituto Butantan, a nova versão da vacina da Influenza é trivalente, sendo composta pelo vírus H1N1, H3N2 (Darwin) e a cepa B. O imunizante é anualmente atualizado para que a dose seja efetiva contra as novas cepas identificadas pela Organização Mundial da Saúde.
O primeiro lote de vacinas chegou ao Paraná na última quarta-feira (24), com 413 mil unidades, e já foi descentralizado para todos os 399 municípios do Estado. O governo federal enviou mais uma remessa, com 619.200 doses que serão distribuídas nesta semana. Ao todo, o Estado já soma 1.032.200 vacinas prontas para aplicação.
2021 – Em 2021, de modo geral, todos os estados apresentaram uma baixa adesão dos grupos alvos no Brasil durante a campanha da gripe, provavelmente relacionada com a aplicação simultânea da vacina contra a Covid-19. A média de cobertura nacional ficou em 72,8%, abaixo da meta mínima de 90%.
O Paraná aplicou 4.924.438 doses de vacina na campanha anterior. A população alvo geral era de 4.480.000 pessoas, e os grupos específicos (utilizados para critérios de cobertura vacinal) entre crianças, trabalhadores da saúde, gestantes, puérperas, indígenas e idosos era de 3.064.625 pessoas. Sendo assim, a cobertura vacinal do Estado fechou o ano em 68,7%.
Em 2022, o Paraná declarou epidemia de H3N2, no dia 12 de janeiro, após aumento de casos confirmados da variante. Essa condição teve fim no dia 30 de março, com a queda dos casos.
Quem pode se vacinar contra a gripe?
Veja a seguir os detalhes de todos os grupos que poderão receber a dose que protege contra o vírus influenza nos postos de saúde:
- Crianças de 6 meses a menores de 6 anos ( de a 5 anos, 11 meses e 29 dias)
- Trabalhadores de saúde de serviços públicos e privados
- Gestantes
- Puérperas (mulheres que tiveram um filho nos últimos 45 dias)
- Professores do ensino básico e superior
- Indígenas
- Idosos com mais de 60 anos
- Profissionais das forças armadas
- Pessoas com deficiência permanente
- Caminhoneiros
- Trabalhadores do transporte coletivo rodoviário para passageiros urbanos e de longo curso
- Trabalhadores portuários
- População privada de liberdade
- Adolescentes e jovens de até 21 anos sob medidas socioeducativas
- Funcionários do sistema prisional
- Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais
Confira a lista das doenças crônicas não transmissíveis que são incluídas na campanha de vacinação contra a gripe do país:
- Doenças respiratórias crônicas (asma, fibrose cística, DPOC…)
- Doenças cardíacas crônicas (hipertensão, isquemia, insuficiência cardíaca…)
- Doenças renais crônicas (síndrome nefrótica, paciente em diálise…)
- Doenças hepáticas crônicas (hepatites, cirroses…)
- Doenças neurológicas crônicas (esclerose múltipla, paralisia cerebral…)
- Diabetes
- Quadros em que o sistema imunológico está suprimido
- Obesos grau III
- Quem fez transplante de órgãos sólidos ou de medula óssea
- Portadores de trisso mias (síndromes de Down, de Klinefelter, de Warkany…)
Para ver a relação completa com todas as enfermidades, Se você não faz parte de nenhum desses grupos, é possível tomar a vacina contra a gripe em clínicas privadas.
Há a possibilidade também de o Ministério da Saúde ampliar a imunização para toda a população no meio do ano, caso a campanha focada nos públicos-alvo não seja bem sucedida. Isso já aconteceu em anos anteriores.
Quem não pode se vacinar contra a gripe?
De forma geral, o imunizante que protege contra o influenza é seguro e com poucos efeitos colaterais.
As reações mais comuns são dor e vermelhidão no local em que a injeção é aplicada. Algumas pessoas também podem ter febre, mal estar e um pouco de dor de cabeça.
Esses incômodos costumam passar após alguns dias. Caso persistam, é importante buscar uma avaliação médica.
A vacina só é contraindicada para crianças com menos de 6 meses de idade e para indivíduos que tiveram alguma reação grave nas doses aplicadas em anos anteriores.
Quem está com febre também deve aguardar alguns dias até que esse incômodo melhore para tomar a dose.
Há algum tempo, o imunizante contra a gripe não era aplicado em indivíduos com alergia ao ovo.
Isso acontecia porque, durante o processo de fabricação, as doses são cultivadas em ovos de galinha, e havia o medo de que traços deste produto pudessem causar uma reação alérgica nos pacientes.
Mais recentemente, essa recomendação caiu por terra. O Ministério da Saúde recomenda a vacina mesmo em quem tem alergia ao ovo, desde que sejam tomados alguns cuidados básicos quando há risco de uma reação mais grave (como a presença de um profissional da saúde na unidade).
Pode tomar vacina contra a gripe e contra a covid no mesmo dia?
Sim, não há necessidade de aguardar um intervalo entre as doses, segundo o informe do Ministério da Saúde. Elas podem ser aplicadas no mesmo dia.
Nessa situação, o ideal é fazer a aplicação em lugares diferentes do corpo, como no braço esquerdo e no direito.
A única exceção para esta regra são as crianças de 5 a 11 anos de idade. Nesse caso específico, deve-se aguardar 15 dias entre as doses que protegem contra o corona vírus e o influenza.
Por conta da pandemia, a orientação é priorizar a aplicação do imunizante contra a covid-19 no público infantil. Só depois é que deve ser administrada a dose contra a gripe.
As autoridades em saúde pública nacionais também reforçam a necessidade de ampliar a cobertura vacinal contra o sarampo neste período — haverá, inclusive, uma campanha específica de prevenção desta doença que será voltada para crianças de 6 meses a 5 anos e trabalhadores da área de saúde.
Por que é importante se vacinar contra a gripe?
Assim como também acontece com as vacinas contra a covid, os imunizantes contra a gripe não protegem muito bem contra a infecção em si, mas são efetivos para evitar as complicações da doença, relacionadas à hospitalização e morte.
Ou seja: tomar a vacina pode até não impedir de pegar o vírus influenza, mas diminui consideravelmente o risco de o quadro evoluir para algo mais grave.
“A vacinação contra a influenza de pessoas pertencentes aos grupos alvo do programa de imunização tem como principal objetivo reduzir a carga da doença, prevenindo hospitalizações, mortes e consultas ambulatoriais e em serviços de emergência”, aponta o ministério, no informe técnico publicado recentemente.
E, por mais que seja comum, a gripe é uma doença séria, que pode ter consequências para a saúde das pessoas.
A OMS estima que, todos os anos, 20 a 30% das crianças e 5 a 10% dos adultos tenham contato com o vírus causador dessa enfermidade.
A agência também calcula que aconteçam entre 290 mil e 650 mil mortes relacionadas à gripe a cada doze meses em todo o planeta.
No Brasil, a campanha de vacinação de 2021 não atingiu a meta de contemplar pelo menos 90% de todos os indivíduos que integram os públicos-alvo.
No geral, apenas 72,8% das pessoas elegíveis para tomar a dose contra o influenza foram aos postos de saúde durante a campanha do ano passado.